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#29M: a luta continua mesmo que “uns não queiram”

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As manifestações do #29MForaBolsonaro que aconteceram por todo o Brasil, neste sábado (29) foram destaques nas redes sociais e na imprensa internacional. Vários jornais estrangeiros deram destaque em suas páginas virtuais e impressas para a movimentação feita pelo povo brasileiro as ruas de todo o país. Enquanto isso, diferente do esperado, o jornalismo brasileiro enalteceu a final da Liga dos Campeões da Europa e a estreia do Campeonato Brasileiro em clara omissão ao que realmente se mostrava relevante.

foto: Mídia Ninja

Em uma sociedade ameaçada pelo coronavírus e massacrada por uma ditadura disfarçada de desgoverno, o povo unido marchou conduzido pela vontade instintiva da sobrevivência. Vacina, alimento, educação e saúde eram as pautas defendidas por quem compreendeu a necessidade de lutar por si e pelas futuras gerações.

De forma organizada para permitir espaçamento entre os presentes que utilizavam máscaras de proteção, as caminhadas ocorreram com o máximo possível de precauções.

Apesar de todo o contexto que deu causa aos protestos, autoridades políticas resolveram culpar antecipadamente o ato por um possível aumento de casos de covid-18 na capital baiana. Diferente dos bares, praias e pontos de concentração como o Farol da Barra, centenas e milhares de pessoas se juntam em um frenesi afrontoso diante dos olhos do Poder Público Municipal que autoriza e/ou não mais fiscaliza como deveria. O motivo: mera diversão e discordância com as medidas restritivas.

Mesmo com o grande número de pessoas na passeata deste sábado, havia um ar de constante vigilância e preocupação entre os presentes quanto às medidas de proteção. Essa atitude engajada e protetiva mereceu repúdio de alguns políticos que não se comportam da mesma forma quando a irresponsabilidade coletiva tomas as ruas vestida de camisa da CBF.

Ao nosso povo cabe continuar resistindo e lutando pelas vidas daqueles que sobreviverão à covid-19. Aos negacionistas e políticos amendrontados que suas ações sejam julgadas por alguma justiça. Por outro lado, desejamos uma imprensa comprometida com a sociedade a quem ela deve a notícia como direito.

Humberto Costa é presidente da ASMS

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