Em carta, médicos exigem manifestação pública do conselho de medicina sobre a importância da vacinação, das medidas sanitárias e contra tratamentos sem eficácia
Uma carta assinada por cerca de 20 médicos, ex-presidentes e ex-conselheiros do CFM (Conselho Federal de Medicina) pede ao órgão que se manifeste pública e claramente a favor das vacinas contra a Covid-19, das medidas sanitárias não farmacêuticas, da ação das autoridades sanitárias e contra os tratamentos sem eficácia comprovada para a Covid-19.
Segundo o texto, os mais de 500 mil médicos e médicas que atuam no país, alguns dos quais estão na linha de frente do combate à pandemia, trabalham para a população brasileira e estão “onde o povo está a necessitar do nosso trabalho e cuidados; e a ele não faltaremos.”
“Mas onde está o Conselho Federal de Medicina (CFM)? Onde está a entidade máxima da categoria médica no Brasil? Até agora sabemos o endereço, mas não sabemos a sua posição frente a essa tragédia sanitária e humanitária que assola o mundo e em especial o nosso país”, diz a carta.
O documento, assinado na última quinta-feira (14) e veiculado nas redes sociais nesta sexta (15), recrimina ainda o aparente silêncio do órgão e diz ser “um imperativo ético” a manifestação do órgão.
Segundo o pediatra Gabriel Oselka, presidente da comissão de ética da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunologia) e ex-presidente do CFM (1984–87), que encabeça a carta, o objetivo dessa e de uma primeira carta, direcionada ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) na segunda-feira (11), é mostrar que há uma insatisfação por parte dos médicos devido à falta de um posicionamento mais ativo dos conselhos.
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