Diante dos números ainda alarmantes relacionados com o hábito de fumar pelo mundo, organizações de saúde sempre se mobilizaram para diminuir os efeitos devastadores desta prática para o ser humano. Parar de fumar pode ser libertador e um caminho para escapar até mesmo da morte.
Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, em todo o mundo, cerca de 780 milhões de pessoas dizem querer parar de fumar. Ainda segundo esses dados, apenas 30% dos interessados conseguem ter acesso à programas que ajudem a se livrarem do vício.
A OMS divulgou um resumo científico no início de 2020 mostrando que os fumantes têm maior risco de desenvolver doença grave e morte por COVID-19. O tabaco também é um importante fator de risco para doenças crônicas não transmissíveis, como doenças cardiovasculares, câncer, doenças respiratórias e diabetes. Além disso, as pessoas que vivem com essas condições são mais vulneráveis a desenvolver um quadro grave da COVID-19.
O presidente da ASMS, Humberto Costa, atuou em equipes que executavam programas públicos de saúde para combater o fumo na capital baiana. Segundo ele, as ações promovidas pelo Programa Municipal de Controle ao Tabagismo, desenvolvido pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) garantiram que vários assistidos abandonassem o vício. “A data de 31 de maio traz uma felicidade particular neste sentido, pois compreendo a grandeza do que iniciamos na defesa da saúde coletiva em Salvador. Conseguimos reduzir sensivelmente o número de fumantes na cidade e consequentemente, reduzimos os casos de doenças e mortes decorrentes do hábito de fumar”, disse Costa.
Ainda segundo Costa, os atendimentos eram eficazes porque eram realizados por equipes multidisciplinares comprometidas com o tratamento de cada paciente. “Nós tínhamos uma verdadeira parceria com cada paciente. Cada profissional tinha um zelo particular que coletivamente rendia resultados espetaculares e a eficácia do programa se deu por esse empenho com as pessoas e a saúde pública. E tudo isso é o SUS [Sistema Único de Saúde] na prática”, finalizou.
De acordo com o estudo Vigitel 2019 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde, Salvador é uma das cinco cidades com menor índice de fumantes com idade a partir de 18 anos, com 5,4% da população. No Brasil, esse número é de 9,8%.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tabagismo está relacionado à causa de diversas doenças. Além do câncer de pulmão, já citado, é responsável por câncer de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas e bexiga.
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