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I have a dream! – 28 de agosto de 1963

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“Estou feliz por estar hoje com vocês, num evento que entrará para a história, como a maior demonstração pela liberdade na história de nosso país.

Há cem anos, um grande americano, sob cuja simbólica sombra nos encontramos, assinou a Proclamação da Emancipação. Esse decreto fundamental foi como um grande raio de luz , de esperança, para milhões de escravos negros que tinham sido marcados a ferro nas chamas de uma vergonhosa injustiça. Veio como uma aurora feliz para pôr fim à longa noite de cativeiro.

Mas, cem anos mais tarde, devemos encarar a trágica realidade de que o negro ainda não é livre. Cem anos mais tarde, a vida do negro está ainda, infelizmente, dilacerada pelas algemas da segregação e pelas correntes da discriminação.

Cem anos mais tarde, o negro ainda vive numa ilha isolada de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos mais tarde, o negro ainda definha nas margens da sociedade americana, estando exilado em sua própria terra. Por isso, encontramo-nos aqui hoje, para dramatizar essa terrível condição.”

“I have a dream” (“Eu tenho um sonho”): há 58 anos, Martin Luther King proferia o histórico discurso, do qual transcrevi, apenas, os trechos iniciais.
No dia 28 de agosto de 1963, duzentos e cinquenta mil negros e negras estadunidenses marcharam em Washington, para exigir direitos, no que se chamou de: “Grande Marcha por Emprego e Liberdade”, também chamada de “Marcha de Washington” ou “A Grande Marcha”, ato convocado por organizações religiosas, sindicatos e movimentos populares pelos direitos civis da população negra dos Estados Unidos.

Tudo indica que não aprenderam nada!
Menos de 5 anos depois, em 4 de abril de 1968, às 18 horas, King era assassinado a tiros, em Memphis-Tenessee. E, até hoje, negros continuam sendo assassinados.

Reprodução Redes Sociais

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