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Dia da Poesia nas palavras do aniversariante do dia: Vinícius de Morais

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SALVE A POESIA! SARAVÁ VINÍCIUS!

Salve 19 de outubro!
Viva o dia do poeta!

  1. Eu sei que vou te amar

“Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida, eu vou te amar
Em cada despedida, eu vou te amar
Desesperadamente!
Eu sei que vou te amar

E cada verso meu será, pra te dizer
Que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida

Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua, eu vou chorar,
Mas cada volta tua, há de apagar
O que essa ausência tua, me causou

Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver, a espera
De viver ao lado teu
Por toda a minha vida.”

  1. Tomara

“Tomara
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais, do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor, se sofrer junto
Que viver feliz, sozinho

Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade, não compensa
E que a ausência, não dá paz

E o verdadeiro amor, de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz
E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais”

  1. Pela luz dos olhos teus

“Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai que bom que isso é, meu Deus
Que frio que me dá, o encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus, só p’ra me provocar
Meu amor, juro por Deus, me sinto incendiar
Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus, já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus, sem mais, lará-lará
Pela luz dos olhos teus
Eu acho meu amor, que só se pode achar
Que a luz dos olhos meus, precisa se casar.”

  1. Samba em Prelúdio

“Eu sem você, Não tenho porquê
Porque sem você, Não sei nem chorar
Sou chama sem luz, Jardim sem luar
Luar sem amor, Amor sem se dar

Eu sem você, Sou só desamor
Um barco sem mar, Um campo sem flor
Tristeza que vai, Tristeza que vem
Sem você, meu amor, eu não sou ninguém

Ai, que saudade, Que vontade de ver renascer, nossa vida, Volta, querida
Os meus braços precisam dos teus
Teus abraços precisam dos meus

Estou tão sozinho, Tenho os olhos cansados de olhar para o além
Vem ver a vida;  Sem você, meu amor, eu não sou ninguém.

Eu sem você, Não tenho porquê,
Porque sem você, Não sei nem chorar
Sou chama sem luz, Jardim sem luar
Luar sem amor, Amor sem se dar

Eu sem você, Sou só desamor
Um barco sem mar, Um campo sem flor
Tristeza que vai, Tristeza que vem
Sem você, meu amor, eu não sou ninguém”

  1. Samba da Bênção (ultima parte)

“Eu, por exemplo, o capitão do mato Vinícius De Moraes, Poeta e diplomata
O branco mais preto do Brasil
Na linha direta de Xangô, saravá!
A bênção, Senhora
A maior ialorixá da Bahia
Terra de Caymmi e João Gilberto
A bênção, Pixinguinha, tu que choraste na flauta, todas as minhas mágoas de amor
A bênção, sinhô, a benção, Cartola
A bênção, Ismael Silva
Sua bênção, Heitor dos Prazeres
A bênção, Nelson Cavaquinho
A bênção, Geraldo Pereira
A bênção, meu bom Cyro Monteiro você, sobrinho de Nonô
A bênção, Noel, sua bênção, Ary
A bênção, todos os grandes sambistas do Brasil
Branco, preto, mulato
Lindo como a pele macia de Oxum
A bênção, maestro Antônio Carlos Jobim
Parceiro e amigo querido, que já viajaste tantas canções comigo
E ainda há tantas por viajar
A bênção, Carlinhos Lyra, parceiro cem por cento
Você que une a ação, ao sentimento e ao pensamento
A bênção, a bênção, Baden Powell
Amigo novo, parceiro novo, que fizeste este samba comigo
A bênção, amigo
A bênção, maestro Moacir Santos, que não és um só, és tantos, como
Tantos, como o meu Brasil de todos os santos
Inclusive meu São Sebastião
Saravá!, a bênção, que eu vou partir
Eu vou ter que dizer adeus.”

19 de outubro de 1913, nasce no Rio de Janeiro,  Marcus Vinicius de Mello Moraes, conhecido, apenas, como Vinicius de Moraes. Filho do funcionário público e poeta Clodoaldo Pereira da Silva Moraes e da pianista Lydia Cruz de Moraes. O poetinha tinha, como se pode notar, a arte no sangue.

Vinicius atuou como escritor (redigiu poemas, prosa e teatro) além de ter sido compositor, crítico literário e cinematográfico, cantor e embaixador.

Formado em Direito, o poeta sempre nutriu uma paixão profunda pela música e pela literatura, por isso acabou por conseguir conciliar carreiras tão distintas.

No campo da música, o seu maior legado talvez tenha sido “Garota de Ipanema”. A música, composta em parceria com Antônio Carlos Jobim, tornou-se um hino da Bossa Nova, e é, uma das mais executadas, em todo o mundo, com letras em diversos idiomas.

“Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça
É ela, menina, que vem e que passa
Num doce balanço, a caminho do mar

Moça do corpo dourado, do Sol de Ipanema
O seu balançado, é mais que um poema
É a coisa mais linda, que eu já vi passar

Ah!, por que estou tão sozinho?
Ah!, por que tudo é tão triste?
Ah!, a beleza que existe
A beleza que não é só minha
Que também passa sozinha

Ah!, se ela soubesse que quando ela passa
O mundo inteirinho se enche de graça
E fica mais lindo por causa do amor.”

Também são de sua autoria, clássicos da MPB, como Aquarela, A Casa, Canto de Ossanha e Chega de saudade, que inaugurou a Bossa Nova.

Estando no Rio de Janeiro, em dezembro de 1977, fui ao Canecão, assistir ao espetáculo “Tom, Vinícius, Toquinho e Miúcha”. Show inesquecível. Dos quatro, somente Toquinho, está vivo.

Salve 19 de outubro, Salve o dia do Poeta.
Salve,Vinicius de Morais.
Saravá!

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