Nesta quinta (13), às 15h, organizações do movimento negro, centrais sindicais e partidos de esquerda irão realizar ato nacional contra a ‘falsa abolição’: justiça para Yan e Bruno e comunidade do Jacarezinho. A ação acontece no dia em que a Abolição da Escravidão no Brasil completa 133 anos e tem as seguintes bandeiras de lutas: Por uma nova política de segurança pública! Reparação já! Vacina no braço! Comida no prato! Fora Bolsonaro!.
O protesto será na frente do supermercado Atakarejo Pernambués, em frente à Estação de Metrô Pernambués, Salvador, para pedir justiça para Bruno e Yan, executados no dia 26 de abril, após ser entregues pelo gerente do estabelecimento ao tráfico, para serem torturados e mortos, por um suposto assalto ao estabelecimento, e a execução das mais de 28 vítimas da Comunidade de Jacarezinho pela polícia do Rio de Janeiro.
Para os idealizadores, os assassinatos são a prova de que o “Estado brasileiro aprisionou o povo negro a uma situação ainda mais vulnerável socialmente, após a abolição”. O grupo apresenta dados que mostram que a população negra é que mais sofre com as desigualdades sociais, a violência oriunda do racismo institucional, e mortes por COVID-19. De acordo com pesquisas recentes, 74% dos homicídios no Brasil foram de pessoas negras e 79% dos mortos pela polícia também eram pessoas negras.
Participam do ato Operativa Estadual da Convergência Negra/Bahia, Círculo Palmarino, aÁfrica900 – Centro de Referência Política, Movimento Negro Unificado – MNU, União de Negras e Negros Pela Igualdade – Unegro, Coletivo de Entidades Negras – CEN, Coordenação Nacional de Entidades Negras – CONEN, Agentes da Pastoral Negros – APNS, Instituto Reparação, Associação dos Moradores de Itapuã, Democracia Tricolor, Coletivo Resistencia Preta, Central Única dos Trabalhadores – CUT, Central dos Trabalhadores e trabalhadoras Brasileiros – CTB, União Geral dos Trabalhadores – UGT, Partido Comunista do Brasil – PcdoB, Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Socialismo e Liberdade – Psol e Bancada do Feijão, entre outras entidades, deputados estaduais, federais e vereadores de Salvador.
Na convocatória do ato, o grupo afirmou “No dia 13 de maio precisamos denunciar a falsa abolição e pedir justiça para as negras e negros que são diariamente exterminados, excluídos, marginalizados e mortos pelo descaso e preconceito praticados contra o povo negro”.
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