A retomada das ruas pelo movimento popular e da classe trabalhadora é considerada como alternativa de enfrentamento ao caos social predominante no país. A participação ativa em mobilizações em favor de direitos reforça a busca pela cidadania e a democracia.
O exemplo dado pelos professores da rede municipal de Salvador em conjunto com os integrantes do Movimento IPTU Justo foi destaque na mídia local nesta quarta-feira (02). Os manifestantes estiveram posicionados na frente da Câmara Municipal de Salvador (CMS) durante a abertura dos trabalhos legislativos com a presença do prefeito da cidade. Além deles, trabalhadores filiados ao Sindicato dos Fazendários do Município (Sindifam) também participaram com a Unegro, UJS e políticos da oposição.
Demonstrando coragem e muita determinação, os manifestantes enfrentaram a reação forte de policiais durante o protesto na saída do prefeito que pretendia sair do prédio da CMS por uma porta secundária do local sem passar pelos populares. Durante a ação policial, a professora Maria Geruza Freitas Melo acusou que fora agredida por um policial militar. A servidora pública foi acompanhada até à delegacia por sindicalistas para registrar boletim de ocorrência.
Comentando sobre a mobilização, o presidente da ASMS, Humberto Costa afirmou que as entidades representativas da sociedade civil devem manter firme posicionamento em favor da cidadania. “É urgente que estejamos posicionados pela garantia de direitos que estão sendo ameaçados ou exterminados. Estamos sendo prejudicados pela ação deliberada de aumentar impostos e congelar salários. Os trabalhadores da Prefeitura, por exemplo, amargam anos sem qualquer reajuste salarial e enquanto isso, o prefeito aumenta o IPTU e a taxa de lixo em percentuais surreais. Partidos, sindicatos, centrais sindicais, associações e coletivos não podem ficar passivos diante de tudo isso. Tem que participar, contribuir e reforçar todas as iniciativas sociais que acontecem na cidade”, apontou Costa.
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