A capital baiana completa 472 anos de uma história de resistência e luta por direitos. Somos um povo trabalhador e que tem o acolhimento como característica principal. Não há quem fique sem resposta a um pedido de “que hora é essa?” ou “onde fica essa rua?”. Da mesma forma, como não curtir o diálogo entre ambulante e freguês na frente da banca na Feira de São Joaquim?
Isso é Salvador e sua gente! A pandemia e a tirania nos tiraram a alegria de viver a nossa cidade. Não foi somente o vírus que entristeceu o povo soteropolitano. Vivemos capítulos intermináveis de degradação social e perda de direitos básicos. Os trabalhadores sendo ultrajados e a população desmerecida pela falta de capacidade dos insensíveis políticos. Tudo isso acabou por minar a resistência da Roma Negra.
Eis que a pandemia amplia toda essa situação e nos tira o brilho de viver Salvador. Mulheres e homens amedrontados e sem possibilidades de demonstrarem do que são capazes diante de tanto sofrimento, seja pela retirada de direitos ou pela fome que não entende cenário social e apenas se impõe diariamente.
Hoje, nossa cidade vive um desafio monumental que é a imunização de sua população. Somos uma das cidades com maior eficácia na vacinação e não destacamos ainda mais pela incapacidade do governo federal em disponibilizar as vacinas. Nosso capital humano na rede pública de saúde é fenomenal. Sim, nós somos os melhores servidores públicos da melhor cidade do Brasil e mostramos isso na prática diária do Sistema Único de Saúde.
O melhor presente que nossa gente gostaria de ganhar neste dia é a sua imunização completa. A festa seria inesquecível, mas como uma Cidade Mãe que sempre faz o possível pelos seus filhos, a capital baiana vai seguir na esperança de poder oferecer dias melhores para sua gente trabalhadora, consciente e capaz.
Viva Salvador e os trabalhadores da cidade!
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